A área da Arte Visual e Design é extremamente ampla. Abrange qualquer forma de representação visual, ou seja, cor e forma. Outras formas visuais dramáticas costumam ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interativa ou mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, inter alia.
As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação costumam ser chamadas de artes visuais. Consideram-se artes visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura,fotografia e cinema. Além dessas, são consideradas ainda como artes visuais: a escultura, a instalação, a arquitetura, a novela, o web design, a moda, a decoração e o paisagismo.
No Brasil, existe o curso de nível superior em Artes Visuais, o qual oferece ao estudante a possibilidade de se aprofundar em várias áreas de estudo estético e experimentar as variadas formas de expressão visual, sobretudo desenho e vídeo, bem como a formação histórica.
Era muito comum no início da década de 1990 pessoas ingressarem no curso de Artes Educação em Licenciatura e confundirem com Teatro, Dança ou Artes Plásticas. De 1998 para cá esse curso sofreu várias transformações.
O nome passou a ser Licenciatura em Artes Visuais e a Lei de Diretrizes de Base de 1996, chamada de Lei Darcy Ribeiro, obrigou as escolas a manter o ensino de Artes por um professor que tenha essa formação.
Em entrevista ao Portal Infonet, a professora da rede estadual e arte educadora do Sesc, Cristiane Cardoso Barbosa, explica que essa confusão amenizou, e a lei melhorou o campo de trabalho. Segundo ela, as escolas passaram a exigir qualificação.
Os interessados a seguir essa carreira encontrarão nessa área uma atmosfera cultural muito forte. A pessoa tem que ser sensível, gostar de ler, de cultura, de eventos culturais e conhecer a realidade de onde vive. Tem que saber realmente que tipo de arte é: a voltada para educação cultural.
Durante muito tempo professores de Geografia e História desempenharam esse cargo. Segundo Cristiane, eles consideravam Educação Artística colagem, desenhos e pinturas simples. “O mundo das artes é muito mais abrangente e crítico”, disse. “Com a Lei Darcy Ribeiro só ensina Artes quem é formado em Licenciatura em Artes Visuais”, acrescentou.
Os estudantes deste curso terão quatro anos para conhecer o mundo das artes geral e brasileira. Em Sergipe, a exclusividade é da Universidade Federal de Sergipe (UFS). É oferecido pelo Centro de Artes e Comunicação da UFS.
“O curso é muito bom, e o nível dos professores é excelente”, elogiou a educadora. Segundo ela a concorrência no vestibular é de cinco para um, numa disputa de 50 vagas. “Na minha época eram 20 vagas. Com a expansão do curso as vagas aumentaram. Até o ano de 2000 a Unit tinha um curso de Educação Artística”, completou. Vale lembrar que na UFS não tem o bacharel em Artes e que a Unit não mantém mais o curso de Educação Artística.
Na grade curricular o calouro será apresentado a diversas disciplinas: Estética da Arte, Introdução a Música, Introdução ao Teatro, Escultura, Modelagem, Pintura I e II, além das matérias padrão Filosofia e Antropologia. “Essas disciplinas permitem ao estudante tanto a teoria quanto a prática”, explicou Cristiane. De acordo com ela a teoria é executada no campus da UFS e a prática no Centro de Cultura e Arte (Cultart).
Com a mudança de nomes, o curso mudou sua formação. Para Cristiane, antes era muita teoria, que não estava ligada a realidade do mundo das artes. Ela diz ainda que esse campo é muito vasto. “Acabávamos vendo pouco dessa abrangência. Hoje está mais focalizado às artes visuais”, afirmou.
Para quem sempre está se atualizando o mercado é bom.
Com a Lei Darcy Ribeiro a sala de aula é o mais comum, principalmente na rede estadual. Em contrapartida os salários não são dos mais atrativos. “R$ 850 a R$ 900 reais por 25 horas/aula”, conta Cristiane. Porém, segundo ela, essa é uma profissão que permite o indivíduo trabalhar em vários lugares, como na rede particular e municipal que pagam muito bem. “Esse é o caminho. O salário é melhor”, disse.
Outra área são os centros culturais ligados ao poder público. De acordo com ela esses órgãos dão muito apoio. Eles buscam a capacitação e seguem um modelo nacional. “Pelo menos aqui no Sesc nós somos valorizados e reconhecidos”, afirmou.
“A pessoa deve entrar no curso com a visão de que é necessária a pesquisa, a sensibilidade, a reflexão, a crítica e acima de tudo a paixão avassaladora pelas artes. Porque elas vão encontrar entraves e, será somente a partir dessa consciência da importância da arte que vai seguir em frente”, finalizou a Arte Educadora, Cristiane Cardoso Barbosa.
Instituição | Centro Universitário Belas Artes de São Paulo |
Website | http://www.belasartes.br |
Cidade / UF | São Paulo / SP |
Classificação | Particular |