A antropologia é uma ciência social surgida no século XVIII. Porém, foi somente no século XIX que se organizou como disciplina científica. A palavra tem o seguinte significado: antropo=homem e logia=estudo.
Estudo antropológico
Esta ciência estuda, principalmente, os costumes, crenças, hábitos e aspectos físicos dos diferentes povos que habitaram e habitam o planeta.
Portanto, os antropólogos estudam a diversidade cultural dos povos. Como cultura, podemos entender todo tipo de manifestação social. Modos, hábitos, comportamentos, folclore, rituais, crenças, mitos e outros aspectos são fontes de pesquisa para os antropólogos.
A estrutura física e a evolução da espécie humana também fazem parte dos temas analisados pela Antropologia.
Os antropólogos utilizam, como fontes de pesquisa, os livros, imagens, objetos, depoimentos entre outras. Porém, as observações, através da vivência entre os povos ou comunidades estudadas, são comuns e fornecem muitas informações úteis ao antropólogo.
Considerações
Para pensar as sociedades humanas, a antropologia preocupa-se em detalhar, tanto quanto possível, os seres humanos que as compõem e com elas se relacionam, seja nos seus aspectos físicos, na sua relação com a natureza, seja na sua especificidade cultural. Para o saber antropológico o conceito de cultura abarca diversas dimensões: universo psíquico, os mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, valores, crenças, leis, relações de parentesco, entre outros tópicos.
Embora o estudo das sociedades humanas remonte à Antiguidade Clássica, a antropologia nasceu, como ciência, efetivamente, da grande revolução cultural iniciada com o Iluminismo.
O que é o Homem? De que ele é capaz?
A indagação sobre o homem e suas capacidades podem ser tomadas como ponto de partida não só para o entendimento do Homem, do ponto de vista filosófico, mas também como ser capaz de produzir seu mundo. A primeira indagação norteia a antropologia filosófica e a segunda pode ser colocada como base para a compreensão da cultura.
A partir dessas indagações pretendemos, aqui, uma compreensão do Homem e para isso vamos discutir sua relação com o mundo em que vive, com as suas produções e com seus concidadãos. A partir disso pretendemos compreender alguns aspectos da antropologia, disciplina que embora seja nova do ponto de vista de sua estruturação como ciência, tem seus fundamentos nas mais antigas inquietações da humanidade.
Estamos falando de uma antropologia da cultura porque, como veremos adiante, essa é uma das marcas distintivas do Homem. Podemos, repetindo vários autores, dizer que não existe produção humana que não seja cultural. Com ela e a partir dela os humanos se relacionam com o mundo, consigo mesmos e com suas criações.
Antes de discutirmos a cultura ou as diferentes manifestações culturais, precisamos discutir esse ser que a produz. Daí a necessidade desta indagação: quem somos nós? Podemos dizer que essa é uma das principais indagações articuladas pelo Homem. É o Homem se colocando diante de si mesmo, e se dando ao conhecimento. É, portanto, na busca dessa identificação que se coloca a indagação sobre o Homem: que realidade é essa?
Um dos pontos de partida ou uma das formas de entendermos a realidade ser humano, o Homem – e com isso entendermos a nós mesmos – é fazendo comparações. O Homem pode ser comparado com os outros existentes: Isso pode ser feito ao respondermos às indagações: o que diferencia o Homem do mundo em que vive? O que diferencia o Homem dos outros animais? O que diferencia o Homem de sua cultura? O que diferencia as diferentes manifestações culturais?
Temos claro que o conceito de cultura é amplo e complexo. Tanto que permanece sendo um dos pontos mais polêmicos em várias frentes de investigação das várias ciências sociais e humanas.
As reflexões aqui apresentadas não se baseiam nesta ou naquela linha de pensamento, ou pressuposto teórico, são apenas alguns apontamentos que se prestam a um primeiro contato com a antropologia. Nossa preocupação, portanto, não é a discussão teórica desenvolvida pelos diversos autores das várias correntes e escolas, mas apresentar alguns apontamentos que ajudem o leitor a se introduzir na antropologia cultural.
Sabemos que a filiação teórica é um dos elementos essenciais para o pesquisador desenvolver seu trabalho. Nossa preocupação entretanto, reside na tentativa de colher alguns apontamentos, procurando mostrar ao leitor alguns caminhos a serem seguidos. Caso o leitor deseje aprofundamentos eles podem ser buscados não só nas referências das quais nos utilizamos, mas também nas perspectivas de algumas correntes de pensamento, desde o evolucionismo, passando pelo difusionismo, pelo funcionalismo, pelo Estruturalismo até chegar à perspectiva antropológica que se fundamento na leitura marxista das relações sociais. Em termos de escolas de pensamento antropológico podemos dizer que podem ser classificadas a partir de três grandes grupos: a escola americana, a britânica e a francesa.
Aqui, entretanto, nossa preocupação é buscar algumas características do homem, da cultura e da própria antropologia.
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