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Fake News em sala de aula/ Especialista dá dicas

13/11/2018 - 18:53h

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Nas redes sociais, não faltam fake news que podem influenciar eleitores e mudar a trajetória política do país. O tema foi indiretamente abordado na redação do Enem 2018, avaliação aplicada  a mais de cinco milhões de estudantes país afora, o que ressalta a atualidade do assunto. Mas como não cair em armadilhas como essa?

Abaixo, a mestranda em Criação e Produção de Conteúdos Digitais Isabela Pimentel – também especialista em Comunicação Organizacional Integrada e que comanda o portal http://www.comunicacaointegrada.com.br/ - ajuda educadores nessa missão e dá 12 dicas, além de dois softwares, para ajudar a identificar notícias falsas e boatos:

“Diante desse cenário, o Professor precisa fazer uma correlação entre esse ambiente de desinformação e perda de credibilidade das chamadas fontes tradicionais e o crescimento das mídias não oficiais, sites de menor porte, que produzem notícias de cunho sensacionalistas, muitas vezes sem respaldo científico e apuração necessárias”, analisa a especialista.    

“Como os alunos são fontes de informação e um elo entre o que aprendem na escola e os círculos sociais que frequentam, esse  processo de educação midiática e compreensão do risco que os boatos e fake news representam deve ser trabalhado o quanto antes em sala de aula. Sendo cidadãos mais conscientes, eles podem frear, por exemplo, a viralização de um áudio falso em um grupo de família. É importante que o aluno se torne um leitor atento tanto a sites tradicionais quanto a outros não oficiais, sem se esquecer das redes sociais , que são cada vez mais consideradas fonte de notícia", detalha Isabela.

 “Essa enorme quantidade de dados circulando na web, disponíveis a um clique, nem sempre é devidamente checada. Tal fato é reforçado por um estudo recente divulgado pela Nature, em que se afirma que o alto volume de informações nas redes sociais, associado à limitada capacidade de absorção dos conteúdos, têm contribuído para a proliferação de boatos e notícias falsas no ambiente digital. Alguns softwares e sites, como o Botometer, desenvolvido pela Universidade de Indiana, ajudam a identificar perfis fakes no twitter, pois, por diversas vezes, tais boatos são disseminados por perfis que são, na verdade, bots. Outra ferramenta que mostra bem a difusão de boatos e cascatas de informação é a Hoaxy, que já traz o grafo que representa tais interações e difusão entre os atores na rede. "Para que um professor trabalhe o tema fake news em sala de aula, o ideal é que ele comece apresentando o atual cenário pelo qual estamos passando, ou seja, por uma perda de credibilidade nas instituições tradicionais, como governos, sistemas públicos e até mesmo na mídia”, conclui Isabela Pimentel.

Confira 12 dicas para identificar fake news e boatos, ambos muito compartilhados nas redes sociais:

1- Cheque a fonte da informação: essa publicação saiu em outros sites?

2- A Entrevista contém fontes confiáveis?

3- Quem deu as declarações? São autoridades no assunto ou perfis fake?

3- Analise o site: esse canal costuma publicar notícias assim, para conseguir likes?

4- Há fontes de apoio que confirmam o que a notícia diz?

5- Verifique a data de publicação: é algo novo ou um boato requentado?

6- Consulte especialistas: procure uma confirmação de profissionais da área;

7- Boatos têm tom alarmista e começam com palavras como “Alerta”, “Atenção”, “Urgente”, geralmente grafados em caixa alta (maiúsculas);

8- Nessas notícias, falta de referência temporal clara (não é possível saber de quando são os dados da notícia);

9- As fontes e os entrevistados estão ocultos no texto?

10- Notícias fake e de sites sensacionalistas geralmente possuem erros de português;

11- Há link ou citações de instituições científicas?

12- Há indicação das pesquisas que foram usadas para embasar a reportagem?

Camilla Oliveira
Jornalista

 


Fonte: http://www.comunicacaointegrada.com.br


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